domingo, 21 de junho de 2009

Indignação e coragem!

"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem a mudá-las." (Santo Agostinho)




Refletindo sobre os homens públicos, que deveriam utilizar a arte de governar; "que têm o dever e a obrigação de fazer mudar a realidade" daqueles que encontram-se em situação de risco e vulnerabilidade social; não vejo outra alternativa senão a de criar coragem de assumir de vez a esperança, diante da minha indignação, e acreditar que existem seres humanos capazes e com o compromisso divino para sair em busca de meios e soluções para mudar o quadro político e humano da nossa cidade.
Será que podemos esperar ações precisas, legais, na implantação de políticas públicas que atinjam, realmente, aquela faixa da população, que, além de sentir a falta do alimento para a sua sobrevivência física, são carentes de apoio psicossocial, educação - não só na escola, aos alunos, mas projetos que visem a re-educação de adultos nas questões de saúde, higiene e ambiente?
Ouvimos dizer - na nossa cidade, lemos nos jornais, sobre: construção do rodoanel - quais os impactos sociais e ambientais? Reuniões e mais reuniões da AMAT sobre o consórcio para tratar do lixo - será que nessas reuniões existe a preocupação de todos os envolvidos com a questão do lixo? Programa "Minha Casa, minha vida" - será que essa verba chegará a Poá? A polêmica história da maternidade - vai abrir, não vai abrir? Mas.... qual será a prioridade? Como se os problemas da cidade estivessem resumidos nesses tópicos citados. É fato que nenhum Prefeito pode mudar um quadro corrompido, em quatro anos. Deveriam cumprir as metas previstas nos planos oçamentários, independentemente de "quem" teve a idéia.
O foco - principal - deveria ser o HUMANO!
Quando falo em quadro corrompido, quero dizer viciado, distorcido, pois qualquer administrador público que se preze, deveria, em primeiro lugar, fazer um levantamento das necessidades mais urgentes. Organizar o quadro de pessoal com pessoas competentes e/ou comprometidas. Será que a merenda escolar, os materiais escolares e pedagógicos, os medicamentos, os materiais de enfermagem, os materiais de limpeza e higiene - utilizados nas dependências escolares e de saúde, os materiais de segurança que os trabalhadores precisam para a excução de trabalhos onde colocam sua saúde em risco, estão sendo viabilizados? Isso sem contar as verbas recebidas dos governos federais e estaduais, que se não utilizados devem ser devolvidos e o Município pára de receber as subvenções conveniadas.
Espero, do fundo do meu coração, que um dia alguém possa olhar para as pessoas como "seres humanos", não apenas para se ter um voto, mas para que elas possam ser valorizadas e suas necessidades básicas supridas com um atendimento digno pelo Poder Público.
Fátima Pedro, 22/06/2009-00:07h